Apresentação

A Rede de Arquivos Diplomáticos Ibero-americanos (RADI) é uma ferramenta de articulação e convergência para a integração dos seus países-membros. Promove e valoriza a identidade cultural ibero-americana, tendo por base uma comunidade de origem, história, línguas, tradições e valores compatíveis.

Memória do Mundo

Documentos jurídicos fundacionais da República de Cuba (1903-1934)

Os documentos legais sobre a fundação da República de Cuba, entre 1903 e 1934, foram considerados “muito relevantes” para a memória regional pelo Comitê Regional da UNESCO para a América Latina e o Caribe, presidido por Mtro. Sergio López Ruelas. Leia o ofício de 2014 aqui.

Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (Tratado de Tlatelolco)

Este importante tratado assinado no México foi considerado em 2016 de “grande significado para a memória coletiva da sociedade da América Latina e do Caribe”, razão pela qual foi incorporado pelo Comitê Regional da UNESCO no programa Memória do Mundo. Leia o certificado aqui.

Tratados e acordos internacionais aceites pelo México, 1823-2016

Mais recentemente, em 2017, o Comitê Regional da UNESCO decidiu registar os tratados e convenções internacionais assinados pelo México entre 1823 e 2016, mantidos no Ministério dos Negócios Estrangeiros do país, no registo da Memória do Mundo, pelo “valor excepcional e o interesse do acervo para o património documental da Humanidade ”. Leia o certificado aqui.

Livro de Registo de Vistos concedidos por Aristides de Sousa Mendes

O Comité Consultivo Internacional do Programa Memória do Mundo, na sua reunião realizada em Paris, na sede da UNESCO, entre 24 e 27 de outubro de 2021, recomendou a inscrição do Livro de Registo de Vistos concedidos por Aristides de Sousa Mendes. Este livro, que integra o fundo documental do Consulado de Portugal em Bordéus, constitui um testemunho único da II Grande Guerra e do drama vivido por milhares de refugiados. Revela-nos também alguém que, embora conhecendo as consequências desastrosas que iria sofrer, manifestou um respeito incondicional pelos direitos humanos. Cada nome que figura nesta lista lembra-nos uma vida que foi salva ou, em muitos casos, uma família inteira. No contexto da guerra, quando a Europa enfrentava um tremendo desastre, o avanço da ocupação alemã impeliu dezenas de milhar de refugiados a fugir, na esperança de conseguir sair de França, pela fronteira sul, para Espanha e Portugal. A partir de 1939 o Governo Português proibiu a entrada de refugiados, especialmente judeus, e cada visto tinha que ser autorizado pelo MNE. Em Bordéus, frente ao Consulado de Portugal, aglomeravam-se muitos fugitivos, e o Cônsul, por sua conta e risco, decidiu conceder todos os vistos que fossem solicitados. No Livro de Registo constam os vistos concedidos por Sousa Mendes entre os dias 14 e 21 de junho de 1940 mas, de acordo com vários testemunhos, sabemos que muitos mais foram sendo dados, inclusive na própria fronteira, não havendo tempo para se proceder ao seu registo dadas as condições de guerra que se viviam.