Apresentação

A Rede de Arquivos Diplomáticos Ibero-americanos (RADI) é uma ferramenta de articulação e convergência para a integração dos seus países-membros. Promove e valoriza a identidade cultural ibero-americana, tendo por base uma comunidade de origem, história, línguas, tradições e valores compatíveis.

Os Arquivos Diplomáticos Ibero-americanos

Nos arquivos diplomáticos está protegida parte da memória documental dos nossos países. Os arquivos mostram-nos como éramos e como nos tornámos o que somos; e mais importante, ajudam-nos a ser o que queremos ser.

Os arquivos diplomáticos não são apenas para historiadores e investigadores de outras especialidades. Costumamser uma peça central do trabalho diário dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, um precursor das negociações internacionais ou das iniciativas quotidianas de política externa.

A RADI é formada por representantes dos arquivos diplomáticos da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana e Uruguai.

Diretório

Argentina

O Arquivo Histórico do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Comércio Internacional e Culto da Argentina detém a vasta coleção documental deste organismo com uma extensão aproximada de 4 quilómetros lineares. A sua história institucional começa com a organização do Estado nacional durante a década de 1860. Os documentos originais mais antigos na sua posse datam das primeiras missões diplomáticas ao estrangeiro em busca de apoio para a Revolução da Independência de 1810. Devido às suas missões e funções, contém também a produção documental sobre negócios estrangeiros de anteriores organizações políticas como a Confederação Rosista, o Estado de Buenos Aires e a Confederação com sede no Paraná.

Desde 2007, está localizado nas instalações do Arquivo do Gabinete Geral de Contabilidade do Ministério da Economia, inaugurado em meados de 1950. Juntamente com a nova sede do Arquivo Geral da Nação, esses são os únicos dois edifícios em todo o país planeados e construídos enquanto arquivos.

Entre as secções a destacar encontram-se: “Divisão de Tratados e Conferências (1858- 1952)”, que contém documentação sobre as negociações entre a Argentina e países estrangeiros para a conclusão de tratados de caráter económico, político, sanitário, etc.; “Representações Diplomáticas e Consulares Argentinas no Estrangeiro”, que contém documentos produzidos pelas embaixadas e consulados argentinos no Brasil, Paraguai, Peru, Cuba, Estados Unidos, França e Reino Unido, entre outros; “Missões no Estrangeiro (1810- 1942)”, uma coleção temática que alberga as missões que diferentes responsáveis argentinos realizaram desde o início da independência até meados do século XX; “Divisão Política (1920-1951)”, onde se conservam relatórios, notas, cartas e artigos de jornal enviados por funcionários das várias embaixadas argentinas no estrangeiro sobre a situação nos seus países de destino; e “Direção da Antártida e Malvinas (1940-1982)”, que possui uma importante coleção documental cujo objetivo é contribuir para uma melhor compreensão da história da reivindicação argentina para a recuperação do pleno exercício da soberania sobre as ilhas. O Arquivo possui também coleções pessoais de políticos, diplomatas e personalidades relevantes da história do nosso país, como Amancio Alcorta, Francisco Moreno, Luis María Drago, entre outros, adquiridos através de doações.

O Arquivo Histórico do Ministério dos Negócios Estrangeiros argentino é de livre acesso e atende aos pedidos de consulta de utilizadores externos e internos. Trabalha para gerar iniciativas em torno da investigação académica e do diálogo com instituições comprometidas com a recuperação da memória histórica. Através das vertentes de descrição, conservação, digitalização e serviço ao cliente, procura assegurar a preservação do património documental argentino e garantir o acesso à informação pública a todos os cidadãos.

DADOS DE CONTACTO

Archivo Histórico

Ministerio de Relaciones Exteriores, Comercio Internacional y Culto

Morada: Rafael Obligado s/nº entre Ericsson y Edison
(Puerto Nuevo – Terminal 5 Dársena F)
Telefone: +54 (11) 4819-7000 interno 4746 – Sala de investigadores
E-mail: archivo@mrecic.gov.ar

Página web: https://www.mrecic.gov.ar/archivo-historico-de-la-cancilleria-argentina

Facebook: https://facebook.com/ArchivoCancilleria

Instagram: https://www.instagram.com/archivocancilleria/

Inicio

Bolívia

DADOS DE CONTACTO

Archivo Central Histórico

Ministerio de Relaciones Exteriores

Morada: Plaza Murillo c. Ingavi esquina con Junín
La Paz, Bolivia
Telefone: (+591)2408900; (+591) 2409114 interno 2591
E-mail: cponce@rree.gob.bo

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Chile

História

Um dos primeiros documentos encontrados em que se fala do trabalho arquivístico realizado pelo Departamento das Relações Exteriores, que na altura pertencia ao Ministério do Interior, data de 1840, e nele se afirma que o Primeiro Oficial do Ministério das Relações Exteriores, Juan Ramón Casanova, era o encarregado de organizar os arquivos do Ministério do Interior.

Em 1871, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tornou-se uma instituição autónoma e, em 1897, estabeleceu directrizes para a ordem, segurança e conservação dos arquivos das legações da República no estrangeiro, especialmente para a documentação trocada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que era mantida e gerida dentro das próprias legações e apenas enviada para o Ministério se fosse decidido terminar a representação.

Em 1956, foi estabelecida uma nova forma de tratamento da documentação e de organização do arquivo no Ministério, com a criação da Oficina de Partes, encarregada de receber, distribuir e conservar a documentação pública até à sua transferência para o Arquivo Nacional (em 1929, surgiu o Decreto 5.200, que determinava que todos os Ministérios deviam enviar a sua documentação para o Arquivo Nacional). Além disso, foram criadas a Secção de Arquivo Confidencial e a Secção Chave, responsáveis pela receção, distribuição e arquivo central da documentação secreta, confidencial e reservada.

Um ano mais tarde, em 1957, foram fundidos a Oficina de Partes, a Secção Chave e o Arquivo Confidencial, centralizando a documentação ordinária e classificada num todo orgânico. Concretizou-se, assim, o projeto do Arquivo Geral do Ministério.

Nesse mesmo ano, foi estabelecido que os arquivos do Ministério dos Negócios Estrangeiros eram, pela sua natureza, reservados e confidenciais. Assim, apenas a documentação ordinária, anterior aos últimos 30 anos, e a documentação confidencial, com exceção dos últimos 60 anos, estariam abertas ao público que solicitasse autorização ao Subsecretário dos Negócios Estrangeiros para investigar.

Embora o Ministério tenha inicialmente transferido documentos para o Arquivo Nacional, de acordo com o D.F.L. 5.200 de 1929, em 1966 o Ministério dos Negócios Estrangeiros foi autorizado pelo Decreto 210 a retirar documentos desse arquivo, por se considerar que, dada a sua natureza relacionada com questões fronteiriças, era necessário conservá-los nos gabinetes do Ministério.

A documentação devolvida ao Ministério foi discriminada no ofício expedido pelo Arquivo Nacional em 14 de novembro de 1966, sendo estes volumes os que viriam a constituir o nosso atual “Fundo Histórico”, cuja documentação é complementada pela documentação que permaneceu no Arquivo Histórico Nacional (século XIX) e no Arquivo da Administração (entre 1901 e 1958), razão pela qual se recomenda sempre a consulta dos seus guias de recolha.

Fundos e colecções documentais

Este arquivo salvaguarda, gere, conserva e dá acesso à documentação diplomática, consular, administrativa, religiosa e de colonização, gerada e recebida pela Subsecretaria dos Negócios Estrangeiros do Chile, desde 1817 até à atualidade (mais de 3 quilómetros lineares de documentação), através da aplicação de procedimentos arquivísticos que garantem um adequado acesso à informação e um bom serviço aos utilizadores internos e externos à instituição, procurando cumprir as normas internas do Ministério sobre a matéria e a respetiva legislação nacional.

 

Nivel

Data de inicio

Data de término

Fundo Argentina

1817

actualidade

Fundo Bolívia

1826

actualidade

Fundo Peru

1817

actualidade

Fundo Histórico

1817

1960

Fundo Países

1961

actualidade

Fundo Ministério de Relações Externas do Chile

1961

actualidade

Fundo Imigração

1953

1965

Fundo Protocolo

1953

1987

Fundo Antártica

1831

2004

Fundo Ministérios, Instituições e Particulares

1961

actualidade

Fundo Decretos e Resoluções

1942

2011

Fundo Tratados

1886

2012

Fundo Organismos Internacionais

1945

actualidade

Coleções Particulares

1810

2014

Arquivo Fotográfico

1850

2020

É importante considerar que nem todos os Fundos são de livre acesso, pois aqueles que possuem documentação de países vizinhos, ou seja, Fundo Argentina, Bolívia e Peru, são restritos e a sua consulta só pode ser autorizada pelo Subsecretário. Para isso, é necessário enviar uma carta formal ao subsecretário explicando os motivos da sua investigação, onde serão tomadas decisões de acordo com o artigo 21 da Lei da Transparência 20.285.

Tipos documentais

Os tipos de documentos que podem ser encontrados nos diferentes Fundos são:

  – Documentos secretos, reservados ou públicos. Enviados e recebidos

  – Mensagens secretas, reservadas ou públicas. Enviadas e recebidas

  – Notas diplomáticas ou verbais enviadas e recebidas.

  – Memorandos enviados e recebidos

  – Circulares

  – Ordens de serviço

  – Decretos isentos e com aviso de receção

  – Resoluções isentas e com aviso de receção

  – Relatórios

DADOS DE CONTACTO

Archivo General Histórico

Ministerio de Relaciones Exteriores de Chile

Morada: Ministerio de Relaciones Exteriores de Chile, Teatinos 180, Santiago. Chile
Telefone: (+56) 2 2827 4522

Dados de contacto:

  · Diretora: Sandra Gutiérrez Alcamán, sgutierrez@minrel.gob.cl

  · Secretária: Jessica Morales, jmoralesp@minrel.gob.cl

Página web: https://www.minrel.gob.cl/ministerio/archivo-general-historico

Inicio

Colômbia

DADOS DE CONTACTO

Archivo General de la Nación

Ministerio de Cultura de la República de Colombia

Morada: Carrera 6 No. 6-91
Bogotá, Colombia
Telefone: + 57 (1) 3282-888
E-mail: contacto@archivogeneral.gov.co

Página web: http://www.archivogeneral.gov.co/

Facebook: https://www.facebook.com/ArchivoGeneral

Twitter: https://twitter.com/ArchivoGeneral/

Instagram: https://www.instagram.com/archivogeneral/

Youtube: https://www.youtube.com/user/CanalAGNColombia

Flickr: https://www.flickr.com/photos/agncolombia/

Diretório

Cuba

O Sistema de Arquivo Nacional da República de Cuba é o mecanismo de integração e promoção da cultura da gestão documental, que visa o desenvolvimento harmonioso das instituições ou departamentos que o compõem, para uma maior eficácia na sua gestão e na preservação do Património Documental da Nação cubana, com base na aplicação de princípios, normas e métodos comuns, e é constituído pelo Arquivo Nacional da República de Cuba e pelos outros arquivos históricos, centrais, de gestão, especializados e universitários, bem como por arquivos privados e pessoais, cujos proprietários assim o decidam.

Antecedentes históricos

Desde o início da República, as relações externas foram concebidas para serem levadas a cabo pela Secretaria de Estado. A primeira lei sobre o serviço diplomático e consular foi assinada a 14 de Fevereiro de 1903 e foi alterada várias vezes, a fim de melhorar a atividade. O serviço externo estava em funcionamento desde 1902.

A adoção da estrutura republicana em 1902 significou a criação de certos poderes: o executivo, o legislativo e o judiciário. No seu vértice estava o Presidente da República, cuja documentação é preservada na coleção do Secretariado Presidencial no Arquivo Nacional de Cuba, que contém todos os documentos relacionados com a atividade executiva através da gestão de cada um dos presidentes da República, no que diz respeito aos grandes problemas do país.

O Arquivo MINREX tem os seus antecedentes históricos no Gabinete de Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, que foi estabelecido na Lei do Poder Executivo como um arquivo para processar a documentação sobre assuntos tratados pela Secretaria de Estado (assuntos consulares, cidadania, imunidades, agentes diplomáticos, protocolização de tratados, entre outros). Após a proclamação da República em 1902, a documentação foi transferida em arquivos para a Secção de Negócios Estrangeiros do Arquivo Geral, hoje Arquivo Nacional da República. Este arquivo preserva a história da política externa da República de Cuba ao longo de 112 anos e contém valiosos documentos históricos sobre acontecimentos e personalidades.

Na área da informação, foi criado um arquivo para manter registos e armazenar documentos das atividades das diferentes missões e representações diplomáticas da jovem República. Como resultado desta atividade, veio a ser publicado anualmente um boletim oficial e o anuário do corpo diplomático e consular, com informações e dados de interesse.

Na Secretaria de Estado, o responsável dos Assuntos Gerais encarregou-se da organização e conservação dos processos, documentos e publicações que deveriam ser preservados (sem tempo de conservação), tais como os textos originais das alterações à Constituição, tratados e convenções internacionais, leis, resoluções do Congresso, decretos e ordens do Presidente da República e as circulares da entidade.

As regras e funções do arquivo da Secretaria de Estado estão definidas na Instrução nº 52 do Boletim da Direção do Comércio e Assuntos Consulares, com o tema: Regras para a organização e conservação dos arquivos consulares. Estabelece também a responsabilidade pela sua guarda, ordem e estado de conservação, e, como medida preventiva de conservação, estabelece a limpeza exaustiva das prateleiras dos arquivos após a remoção do seu conteúdo.

Estudos sobre a história das instituições administrativas em Cuba mostram que o edifício ocupado pela Secretaria de Estado, situado na extensão da Calle Cárcel s/n na esquina de Aguiar, foi objeto de litígio por falta de pagamento e teve de ser transferido para o antigo convento de Belén, onde permaneceu de 1928 a 1959.

Fase revolucionária

Em 1959, foi concluído o atual edifício ocupado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, localizado na 5ª Rua entre G e H, em Vedado. A sua construção havia começado em 1954 pelo Decreto-Lei 1839, e foi constituído o Conselho de Administração da Compañía Moderna de Construcción S.A., composto pelo ramo executivo e presidido pelo Ministro de Estado (Raúl Roa fazia parte do mesmo no final de 1959), os subsecretários técnicos e administrativos desta instituição, assim como o presidente da Academia de História, Dr. Emeterio Santovenia e um professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Havana, que era o arquiteto Joaquín Weiss.

Este edifício foi ocupado pelo então Ministério de Estado (desde Março de 1959 até 23 de Dezembro de 1959), que por disposição do recente Estado revolucionário se tornou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da República de Cuba, o organismo que desde então e até hoje tem sido responsável pela execução da política externa da Revolução Cubana.

O arquivo do Ministério estava localizado em áreas deste edifício central, primeiro ligado à Direção de Documentação e depois à Direção de Gestão Documental, criada em 2005. Com o passar do tempo e os danos causados pelo salitre, humidade e poeira, bem como os riscos associados à penetração do mar durante a época dos furacões, dada a proximidade do edifício à orla marítima de Havana, tornou-se necessário adotar um plano destinado a impedir as ações que causavam a deterioração da documentação. A direção de topo da organização decidiu realizar trabalhos destinados a resgatar o Arquivo e foi concebida a necessidade de construir um novo edifício.

Em Outubro de 2008, iniciou-se a construção de um edifício que foi orçamentado com um valor superior a 4 milhões de pesos. O seu rés-do-chão ficaria situado um metro acima do nível da rua e os repositórios compactos de documentos nas prateleiras do segundo e terceiro andares do edifício com uma capacidade de mais de 5000 m/l de documentos, alarmes de incêndio e extintores a gás.

A 29 de Abril de 2011, foi inaugurada a nova sede do Arquivo e a 3 de Maio, a parte mais importante do projeto começou com a transferência de toda a documentação para o novo edifício, que alberga o Centro de Gestão de Documentação (CGD) do MINREX, uma estrutura e nome que foi assumido em 2013. Os Arquivos Diplomáticos fazem, portanto, parte do CGD.

O Arquivo Central contém coleções com séries documentais que preservam os documentos gerados pela Secretaria de Estado, o Ministério de Estado e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, respetivamente, desde 1902 até aos dias de hoje. Conserva um volume de aproximadamente 3 milhões de documentos (2 mil metros lineares) em papel, fotografias, CDs, entre outros, colocados em prateleiras metálicas em duas áreas de armazenamento de 205 m², localizadas no 2º e 3º andares para evitar danos devido à penetração do mar e a inundações, dada a proximidade da costa.

A remodelação das novas instalações contribuiu significativamente para a conservação do património documental do MINREX, contribuindo para o resgate e preservação da memória histórica nacional.

DADOS DE CONTACTO

Centro de Gestión Documental

Ministerio de Relaciones Exteriores

Morada: Calzada 360, entre G y H, Vedado La Habana – Cuba
Telefone: + (537) 832 40 74 – 836 43 86
Página web: http://archivo.cubaminrex.cu/

Twitter: https://twitter.com/ArchivoMINREX

Inicio

Equador

O Arquivo Histórico “Alfredo Pareja Diezcanseco”, vinculado à Direção de Gestão e Arquivo Documental do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Mobilidade Humana do Equador, tem a missão de conservar a documentação histórica gerada pela Instituição desde 1830 e fornecer os instrumentos necessários para o seu uso e manuseio corretos. Paralelamente, promove a investigação histórica sobre questões relacionadas com a mobilidade humana, a soberania nacional, relações internacionais e outras, garantindo a sua divulgação pública.

É composto por dois fundos, que contam com documentos tanto da Secção Reservada quanto da Seleção Ordinária: a Presidência de Quito e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, assim nomeados para manter o princípio de origem. Incluem documentos originais, cópias, manuscritos e gravuras, cujo período histórico se estende do século XVII ao século XX.

Para realizar as actividades técnicas de conservação existe um laboratório de restauro e conservação documental, cujos especialistas se encarregam de executar processos de intervenção directa e indireta em documentos danificados que sofreram alterações ao longo dos anos, e assim garantir o acesso dos utilizadores às suas informações.

O Arquivo Histórico funciona desde 1995 no piso térreo de um prédio anexo à sede do Ministério equatoriano, na cidade de Quito. Inclui uma sala para investigadores, equipada para facilitar a consulta aos utilizadores, onde podem ver inventários e outros recursos de informação. Todos os cidadãos equatorianos ou estrangeiros têm direito a receber informação e consultar livremente os documentos aí conservados, sem outras limitações que não as derivadas de seu estado de conservação.

O Arquivo Histórico “Alfredo Pareja Diezcanseco” alinha-se com a visão do Ministério ao qual pertence: ser uma instituição pública moderna, transparente, eficiente e com um sistema de gestão voltado para o atendimento ao cidadão.

DADOS DE CONTACTO

Archivo Histórico “Alfredo Pareja Diezcanseco”, Ministerio de Relaciones Exteriores y Movilidad Humana

Ministerio de Relaciones Exteriores y Movilidad Humana

Morada: Calle Ulpiano Páez E3-142 y Jerónimo Carrión (Edificio Zurita)
Quito,Ecuador
Telefone e Fax: (593-2) 2993200. Ext. 11780/11781/11782
E-mail: archivohistorico@cancilleria.gob.ec

Página web: www.cancilleria.gob.ec/archivo-historico/

Boletim do Arquivo Histórico: https://boletin.cancilleria.gob.ec

Diretório

El Salvador

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da República de El Salvador (MRREE) foi criado pela Câmara dos Senadores do Estado de Salvador por meio do decreto legislativo nº 13 de 12 de fevereiro de 1858. A documentação produzida a partir dessa data estava protegida no Palácio Nacional, porém, em 1889 um incêndio destruiu grande parte dessas informações, posteriormente transferidas para a antiga Casa Presidencial localizada no Bairro de São Jacinto. Após várias movimentações físicas dos documentos, este acervo histórico está agora fisicamente protegido na sede do Ministério, localizado em Antiguo Cuscatlán, departamento de La Libertad; e outra parte no Bairro de São Jacinto, em San Salvador.

Da mesma forma, foi identificada uma série de documentos dos séculos XIX e XX considerados de valor histórico para El Salvador, entre os quais a nomeação do Núncio Apostólico pelo Papa Pio XI; 8 volumes de instrumentos internacionais denominados “Tratados, Convenções e Acordos Internacionais”, de 1865 a 1970; o Álbum Diplomático e Consular da República de El Salvador, 1888-1945, preparado por Walter Antonio González Castañeda, em 2003; o instrumento de ratificação pelos Estados Unidos da América da Convenção que estabelece a condição do cidadão naturalizado que renova a residência no país de origem, assinada em 14 de março de 1908; a convenção para o Estabelecimento da Liberdade de Comércio nas Cinco Repúblicas da América Central, 1911; a sentença do Tribunal de Justiça da América Central, proferida em 9 de março de 1917, sobre o uso das águas do Golfo de Fonseca, que decidiu a favor de El Salvador; e a sentença da Corte Internacional de Justiça de 11 de setembro de 1992 sobre o conflito fronteiriço terrestre, insular e marítimo El Salvador – Honduras, Nicarágua intervindo.

Refira-se ainda que o MRREE criou em 1969 a Direção de Estudos e Investigações, cujo objetivo era a análise, investigação e compilação de documentos relacionados com as questões fronteiriças da República. Esta iniciativa foi promovida pelo então Ministro dos Negócios Estrangeiros, Francisco José Guerrero, com o apoio de uma equipa de investigadores, tradutores e advogados. Sendo este o precedente para a criação, em 2004, do “Arquivo Histórico Antonio Gutiérrez Díaz” em homenagem ao ilustre historiador salvadorenho.

El Salvador possui uma Lei de Acesso à Informação Pública desde 2011, e desde 2015 com as nove diretrizes de Gestão de Documentos e Arquivos, que obriga todos os órgãos governamentais a desenvolver processos dedicados à organização, classificação e conservação de sua documentação. O Ministério dos Negócios Estrangeiros está empenhado na recuperação, salvaguarda e digitalização deste património documental, no âmbito da estratégia de modernização do Estado estipulada no Plano Cuscatlán, sob a administração do Presidente Nayib Armando Bukele Ortéz.

DADOS DE CONTACTO

Archivo Histórico Diplomático

Ministerio de Relaciones Exteriores de la República de El Salvador

Morada: Calle El Pedregal, Blvd. Cancillería. Ciudad Merliot, Antiguo Cuscatlán,
El Salvador. C.A.
Telefone: + 503 2231 1008
Fax: + 503 2231 1001
E-mail: ugda@rree.gob.sv

Página web: http://www.rree.gob.sv/

Inicio

Espanha

O arquivo do atual Ministério dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação tem mais de 300 anos. O seu nascimento está intimamente ligado à criação, em 1714, da Primeira Secretaria de Estado, instituição que tinha atribuições de “relações exteriores”. É, portanto, a partir dessa data que ficam disponíveis as primeiras notícias do arquivo. No entanto, será necessário esperar até 1734, para que a Secretaria de Estado seja dotada do cargo de arquivista.

O arquivo, ao longo destes três séculos, sempre foi incorporado à instituição para a qual prestava os seus serviços. Instituição que foi mudando de nome na mesma proporção em que novas tarefas foram adicionadas. Razões de eficácia e eficiência motivaram que, desde o primeiro momento, o arquivo se tenha invariavelmente localizado na mesma sede do Ministério. Duas foram, portanto, as suas localizações: o Palácio Real, até 1901, de onde foi transferido para o Palácio de Santa Cruz onde hoje se encontra.

As diferentes vicissitudes da história refletem-se nos arquivos, não apenas no conteúdo, que é a sua função principal, mas por vezes também no local onde esse conteúdo ficou guardado. Em duas circunstâncias bélicas este arquivo foi dividido em dois, gerando duas coleções documentais distintas, mas, sem dúvida, complementares. A Guerra da Independência deu origem a um arquivo em Cádiz, cidade onde se instalaram as autoridades patrióticas, e a outro arquivo em Madrid, no Ministério dos Negócios Estrangeiros do governo de José Bonaparte. O mesmo aconteceu durante a Guerra Civil: existiam dois Ministérios e cada um deles tinha o seu próprio arquivo, o Ministério de Estado do Governo da República, cujo acervo documental é conhecido como “Arquivo de Barcelona” e o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo de Franco, acervo documental conhecido como “Arquivo de Burgos”. Da mesma forma, os fundos alojados nas Representações nos países, por vezes, sofreram as consequências de acontecimentos históricos dramáticos. É o caso dos Arquivos das Embaixadas de Berlim e Pequim, que perderam boa parte de seu acervo documental durante a Segunda Guerra Mundial.

De referir a magnífica colecção de manuscritos guardada no Arquivo juntamente com a Biblioteca do Ministério. É composta por mais de quinhentos manuscritos, cujas cópias mais antigas datam da primeira metade do século XV. Seria imperdoável não falar do conjunto de Tratados e Convenções Internacionais do século XIX cuja beleza, pelo seu fabrico e pelos materiais utilizados, não é fácil de descrever.

É nosso dever zelar pela preservação do património documental destes milhares e milhares de documentos que ao longo dos séculos foram cuidadosamente recolhidos, catalogados e depositados em pastas ou caixas. São o testemunho das relações exteriores e da diplomacia, ajudam-nos a ler o passado e marcam o caminho para o futuro.

DADOS DE CONTACTO

Área de documentación y publicaciones

Ministerio de Asuntos Exteriores, Unión Europea y Cooperación

Morada: Plaza de la Provincia N°1, 4a Planta-Despacho 419
28071 Madrid, España
Telefone: + 34 (91) 3799-582
Fax: + 34 (91) 366-3953
E-mail: ana.defrancia@maec.es

Página web: http://www.rree.gob.sv/

Diretório

Honduras

DADOS DE CONTACTO

Archivo Central

Unidad de Archivo
Secretaría de Relaciones Exteriores de Honduras

Morada: Boulevar Kuwait, Col. Miraflores Sur
Edificio de la antigua Casa Presidencial
Tegucigalpa, Honduras
Telefone: + 504 2234-3294
Fax: + 504 2234-1484
E-mail: consultas@sre.gob.hn

Página web: http://www.sre.gob.hn/inicio.html

Diretório

México

O Acervo Histórico-Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros é responsável pela salvaguarda, preservação e divulgação da memória histórica do México na sua interação com o mundo. Desde a sua constituição como nação independente em 1821 até 1995, e numa altura em que os países estão mais do que nunca interligados num contexto global, a documentação preservada neste Acervo revela o papel que o México tem desempenhado na ordem internacional através da sua diplomacia através de acordos, tratados, convenções, reuniões, convénios, etc., tanto bilaterais como multilaterais, nas mais diversas áreas: económica, política, cultural, de segurança, entre outras.

Ao longo da sua existência, o Acervo Histórico-Diplomático passou por diferentes fases que refletem as transformações por que passou o Ministério dos Negócios Estrangeiros no contexto dos acontecimentos nacionais e internacionais. Em 1821, foi criado como um arquivo e biblioteca que dependia da Secretaria de Estado e do Gabinete dos Negócios Estrangeiros e do Interior. Anos mais tarde, durante o mandato de José María Lafragua como Presidente, entre 1872 e 1875, este deu um impulso notável à biblioteca. Após a Revolução, em 1922, o Presidente Álvaro Obregón reestruturou a administração pública e criou o atual Ministério dos Negócios Estrangeiros. Nesses anos, o então chefe de gabinete, Genaro Estrada, reorganizou o Arquivo Geral da Secretaria e iniciou a tradição editorial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, promovendo publicações com o objetivo de dar a conhecer os seus documentos históricos.

No entanto, só no final do século XX foi tomadas uma série de medidas que deu origem à sua estrutura atual. No contexto da modernização do Estado mexicano, em 1968, foi criada a Direção Geral de Arquivos e Biblioteca, à qual se juntou, em 1972, o Departamento de Investigação Histórica. Em 1973 passou a ser Direção Geral de Arquivos, Biblioteca e Publicações, composta pelo Arquivo Histórico Genaro Estrada e pelo Departamento de Conservação e Restauro; em 1976 foi incorporada a Biblioteca “José María Lafragua” e em 1983 a Fototeca “Amalia González Caballero”.

A partir de 2019, o Governo mexicano, preocupado com a recuperação da memória histórica, desenvolveu diversas medidas para salvaguardá-la e torná-la visível aos seus cidadãos, além de promovê-la para o mundo. É a partir deste impulso que o Acervo Histórico-Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros tem levado a cabo ações para modernizar os processos de conservação e divulgação do património, a fim de tornar os documentos salvaguardados pela instituição disponíveis pública e gratuitamente, não só para investigadores e profissionais de história, relações internacionais, sociologia, etc., mas também para o público em geral. Neste sentido, foi implementada uma área especializada com vista à preservação digital e ao fácil acesso através de aplicações eletrónicas. Existe ainda uma ampla cooperação no domínio da preservação, difusão e conservação histórica digital e bibliográfica com várias nações da América Latina, Europa e Ásia, que permite o intercâmbio de acervos documentais digitais, a investigação e a partilha de boas práticas, entre outras ações. Por outro lado, o AHD procura abrir os seus espaços à sociedade, razão pela qual a Biblioteca José María Lafragua aderiu recentemente à Rede Nacional de Bibliotecas Públicas e a Biblioteca Fotográfica Amalia González Caballero ao Sistema Nacional de Bibliotecas Fotográficas (SINAFO).

DADOS DE CONTACTO

Archivo Histórico “Genaro Estrada”

Dirección General del Acervo Histórico Diplomático
Secretaría de Relaciones Exteriores de México

Morada: Ricardo Flores Magón Núm. 2,
Edificio Triangular, nivel 2, ala B
Col. Guerrero, Delegación Cuauhtémoc
C.P. 06300, México, D.F.
Telefone: + 52 (55) 3686-5100 ext. 5022/5026
E-mail: dgahistorico@sre.gob.mx

Página web: https://acervo.sre.gob.mx

Inicio

Panamá

Em 2017, foi criado o Acervo Histórico Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Panamá com o objetivo fundamental de preservar a nossa identidade enquanto nação e as relações diplomáticas do país.

Este espaço da nossa história diplomática mostra-nos os obstáculos, fraquezas e o caráter com que criámos laços de amizade com outras nações, e podemos demonstrá-lo a nível global, participando como membro da Rede de Arquivos Diplomáticos Ibero-Americanos (RADI).

A coleção coordena e preserva a gestão documental secundária do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Panamá, com base na Descrição Arquivística Padrão Internacional (ISAD G).

O Acervo Histórico Diplomático da República do Panamá possui documentos históricos que podem ser solicitados por funcionários da instituição em qualquer altura. Esta coleção tem atualmente 4 colecções classificadas da seguinte forma:

1º Fundo: Ministério dos Negócios Estrangeiros da República do Panamá, com 5 Secções:

  • Embaixadas do Panamá no estrangeiro.
  • Relações do Panamá com os Estados Unidos da América, que está classificado na Correspondência do Panamá com os Estados Unidos da América e a Zona do Canal.
  • Tratados, Acordos e Convenções do Panamá, que são classificados como Bilaterais, Multilaterais e Organismos.
  • Negociações dos Tratados do Panamá com os Estados Unidos da América.
  • Memórias do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República do Panamá.

2º Fundo: Colecções:

  • Gesta 9 de Janeiro de 1964.
  • Fotografias da Gesta 9 de Janeiro.
  • Discursos.
  • Reconhecimentos como país e Estabelecimento de Relações Diplomáticas.
  • Cartas assinadas e Credenciais.

3º Fundo: Antecedentes: Limites e Fronteiras:

  • Fronteiras da República do Panamá com a República da Colômbia.
  • Fronteiras da República do Panamá com a República da Costa Rica.

4º Fundo: Material Bibliográfico:

  • Jornais.
  • Livros.
  • Revistas.
  • Escritos.
  • Doações.
DADOS DE CONTACTO

Acervo Histórico Diplomático

Departamento Central de Control de Documentos y Archivo
Ministerio de Relaciones Exteriores
República de Panamá

Morada: Palacio Bolívar, Casco Antiguo,
San Felipe, Planta Baja y Mezaninne
Panamá, Panamá
Telefone: + 507 511-4283
Fax: + 507 511-4022
E-mail: inunez@mire.gob.pa

Página web: http://sigob.mire.gob.pa/acervo/consulta/?#/

Página web: https://mire.gob.pa/

Diretório

Paraguai

A principal tarefa do Arquivo Histórico Diplomático José Falcón é manter, preservar e disponibilizar o património documental relacionado com o funcionamento do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paraguai e com o desenvolvimento das relações diplomáticas do país geridas através dele.

Os documentos ao seu cuidado testemunham as relações, negociações e disputas que o Paraguai teve com outros Estados e no quadro de organizações internacionais, o que o torna uma fonte e um garante da memória diplomática. Está profundamente ligado à história e evolução do país, tendo por isso passado por várias fases desde a sua criação em 1855.

Duas guerras internacionais, um período de ocupação, mudanças e reorganizações levaram à perda e dispersão de parte da documentação diplomática. De facto, o Archivo Histórico Diplomático José Falcón conserva a documentação produzida ou recebida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros a partir de 1869, uma vez que a primeira, com lamentáveis lacunas causadas pelos acontecimentos acima mencionados, se encontra no Arquivo Nacional em Assunção.

Depois de ter passado por sucessivas sedes, desde 2013, o arquivo está agora localizado no cruzamento das ruas Humaitá e 14 de Mayo, na cidade de Assunção.

O nome do Arquivo Histórico do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República do Paraguai é uma homenagem a José Falcón pelo seu notável desempenho na liderança da diplomacia paraguaia em tempos difíceis para o país, e pelo seu importante papel na reorganização do Arquivo Nacional.

O Arquivo abre as suas portas de segunda a sexta-feira a todos os cidadãos paraguaios e estrangeiros, com o objectivo de fornecer informações e responder a pedidos de informação. O acesso é gratuito, com o único requisito de agendar a visita por e-mail ddb@mre.gov.py, a fim de proteger o delicado tratamento dos documentos na posse da instituição.

O Arquivo inclui um laboratório de restauro dedicado à conservação documental, abóbadas que cumprem as normas técnicas internacionais e também áreas de processamento, classificação e digitalização de documentação oficial.

O Arquivo José Falcón promove a investigação histórica sobre temas relacionados com a diplomacia e as relações internacionais, oferecendo acesso a documentos diplomáticos desde o último terço do século XIX até ao século XX.

A catalogação das suas secções mais antigas, tais como o Departamento Político e Diplomático, pode ser encontrada online em https://www.mre.gov.py/ugd/.

DADOS DE CONTACTO

Área de Gestão Documental

Ministério dos Negócios Estrangeiros

Morada: Humaitá esq. 14 de mayo
Asunción, Paraguay
Telefone: + (595) 21 414-8787
E-mail: ddb@mre.gov.py

Página web: https://www.mre.gov.py/ugd/

Inicio

Perú

História

 O Arquivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros peruano, tal como o Ministério dos Negócios Estrangeiros peruano, existe há 200 anos. Como quase todas as organizações que preservam o património, teve os seus bons momentos e alguns momentos não tão bons. No entanto, vale a pena notar a importância que o arquivo e os arquivistas têm tido desde a criação do Ministério. O libertador do Peru, Don José de San Martín, nomeou o primeiro arquivista, Don Pedro Rolando, e atribuiu as suas funções. Neste caso, “o arquivista recolhia todos os dias os documentos e outras comunicações que deveriam ser arquivados” (Abraham Padilla, El Ministerio de Relaciones Exteriores del Perú. Lima: Ministerio de Relaciones Exteriores, 1997). Foram decisões sensatas como esta que permitiram ao Ministério dos Negócios Estrangeiros manter um arquivo bastante completo que nos permite conhecer a sua história hoje, 200 anos depois.

Localizações e instalações

O Arquivo tem estado localizado nas mesmas instalações que o Ministério funcionou ao longo de toda a sua existência. Até 1920, quando o Ministério se mudou para o Palácio Torre Tagle, ocupou um espaço no Palácio do Governo. Contudo, décadas mais tarde, devido à falta de capacidade, foi necessário recorrer a outras instalações que tinham sido cedidas e alugadas ao Ministério, e foram instaladas prateleiras e armários de arquivo com gavetas para proteger os documentos. Uma destas instalações sofreu um ataque terrorista e parte dos documentos do Oficina-Chave, como foi apelidada a área onde o trabalho criptográfico se realizou, perderam-se para sempre.

Nos anos 80, foi empreendido um projeto especial para melhorar e adaptar as instalações do Arquivo Fronteiriço e do Arquivo Central. Este último estava localizado no que costumava ser o estábulo da casa Torre Tagle, e foi equipado com equipamento apropriado e ar condicionado nas salas dedicadas aos repositórios para a conservação de documentos, aproveitando ao máximo o espaço em dois pisos, que rapidamente se tornou superlotado com a produção documental e foi necessário pasar a não receber transferências documentais, o que significou que os documentos passaram a ser deixados em qualquer espaço vazio nos escritórios.

Em 2001 o Arquivo Central mudou-se para um edifício concebido e construído especificamente para o seu funcionamento, com melhores condições: sete repositórios, seis permanentes e um temporário, uma área técnica de trabalho, uma sala de consulta e escritórios. Este novo projeto de instalações trouxe consigo uma mudança radical na organização, conservação e serviço de documentos, uma atividade essencial para qualquer instituição que mantenha testemunhos histórico-administrativos ao serviço da entidade que os gera. Estas melhorias incluíram também a remodelação das Oficinas de Conservação e Reprodução Documental, apoios essenciais para a conservação e digitalização de documentos.

Coleção documental

 No Arquivo estão guardados documentos desde 1821 até aos dias de hoje. Os primeiros documentos referem-se a personalidades como José de San Martín, Lord Cochrane, Bernardo Monteagudo, Guillermo Miller, entre outros e, claro, Juan García del Río, o primeiro ministro dos Negócios Estrangeiros. Existem poucas peças documentais da primeira década.

Num gesto de amizade, o governo chileno devolveu em 2008 12 volumes contendo notas e cartas diplomáticas, que foram extraídas do Arquivo durante a Guerra do Pacífico.  

A correspondência diplomática é abundante e rica em informação. Das primeiras décadas só se encontra correspondência recebida. Para registar os documentos que saíram do ministério foram utilizados “livros de cópias de correspondência”, nos quais foi feita uma cópia manuscrita dos documentos emitidos pelas autoridades, bem como o registo dos ofícios e comunicações que entraram no ministério. Este grupo de documentos começou em 1822. Os livros de cópias são a prova e o testemunho de um trabalho ordenado e meticuloso levado a cabo no século XIX e início do século XX. Os livros são classificados de acordo com a origem dos documentos recebidos, por exemplo: ministérios, delegações estrangeiras, missões peruanas no estrangeiro, relatórios de missões especiais, prefeituras e governadores vizinhos e consulados peruanos, entre outros.  

As comunicações entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros e as missões no estrangeiro têm uma sequência completa desde os primeiros anos, quando, tal como a correspondência, as mensagens que saíam ou chegavam através do sistema de cabo foram registadas em cadernos de notas e volumes encadernados. É interessante ver a evolução desta série documental que começa com o formato cablegram, depois passa para o formato telex, e finalmente transforma-se em mensagens que são geridas dentro de um sistema eletrónico.

Muitas personalidades, não necessariamente do campo diplomático, embora em algum momento tenham cumprido uma tarefa diplomática, foram registadas nos documentos. Como exemplo, mencione-se o cientista e inventor Pedro Paulet Mostajo, que aparece em varios momentos no arquivo, desde logo, claro, pelo seu trabalho como cônsul do Peru em Antuérpia.

Apenas para referir alguns eventos que estão documentados no arquivo, mencione-se a grande Exposição Internacional de Paris em 1900. Na importante troca de correspondência com a nossa legação em França e com os fornecedores, que estavam encarregados da montagem do pavilhão peruano, pode-se conhecer as personalidades peruanas que participaram e foram encarregadas de levar a cabo o evento.

A correspondência inclui um conjunto de fotografias que foram recebidas em anexo às cartas de informação para o ministro sobre os eventos organizados pelas missões. A certa altura foi aparentemente decidido retirá-los das cartas e mantê-los na Biblioteca de Torre Tagle para consulta. Estas fotografias foram devolvidas ao arquivo e, juntamente com os álbuns fotográficos, estão guardadas e disponíveis em formato digital para qualquer pessoa que queira consultá-las.

Arquivos privados e coleções doadas

Ao longo dos anos, o Arquivo dos Negócios Estrangeiros tem recebido doações de documentos de personalidades ligadas à Torre Tagle. Estes conjuntos documentais e colecções pessoais têm, em muitos casos, complementado a colecção documental de Negócios Estrangeiros. Um destes conjuntos é o chamado “Archivo Particular del Presidente Leguía” (arquivo privado do Presidente Leguía), que se encontra agora guardado no Arquivo.

É uma fonte de satisfação ver que os documentos que se tornaram prova e testemunho dos homens e mulheres que construíram esta instituição servem hoje e continuarão a servir amanhã para conhecer a história, defender os direitos e contribuir para a boa gestão do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O Arquivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros é, sem dúvida, uma memória viva, cuidada e protegida para as gerações futuras.

Yolanda Gabriela Bisso Drago, novembro de 2021

DADOS DE CONTACTO

Oficina de Gestión Documental y Archivo

Ministerio de Relaciones Exteriores del Perú

Morada: Jirón Lampa 535
Lima, Perú
Telefone: + 51 (1) 204-2400
E-mail: mibarra@rree.gob.pe

Página web: https://www.gob.pe/institucion/rree/informes-publicaciones/297471-sistema-de-gestion-de-los-archivos-de-la-cancilleria

Página web: https://apps.rree.gob.pe/portal/ArchivoCentral/Catalogo/ACInvent.nsf/

Inicio

Portugal

O Arquivo Diplomático é responsável pela guarda e disponibilização da documentação produzida no âmbito da atividade do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). Trata-se de um Arquivo de Estado com características muito particulares, uma vez que nele se encerra a documentação relativa aos fundamentos da política externa do Estado português desde a restauração da independência nacional, em 1640, até aos nossos dias. Pelo seu valor histórico, administrativo, probatório, testemunhal ou informativo, este arquivo é de conservação permanente.

Durante todo o séc. XIX e boa parte do séc. XX, o Arquivo Diplomático foi considerado um serviço privativo do MNE, com objetivos meramente administrativos. A utilização do Arquivo com fins de investigação histórica foi, pela primeira vez, contemplada em 1921, mas apenas em 1965 seria estabelecida a possibilidade de acesso aos Fundos históricos por parte dos investigadores e reconhecida a necessidade de garantir serviços de acolhimento ao público.

A adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia, hoje União Europeia, veio contribuir para uma maior liberalização de acesso ao arquivo. Em 1986, seria permitido o regime de consulta. Em 1987, seria publicado o primeiro regulamento do arquivo, estipulando a regra de acesso à consulta de documentação em 30 anos sobre a data da génese do documento. Nessa altura, o Arquivo viria a adotar a designação de Arquivo Histórico Diplomático, tendo, pela mesma altura, sido criada a Comissão de Seleção e Desclassificação.

Os arquivos diplomáticos estão, genericamente, referenciados a 1736, ano da criação da primeira Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, tida como antecessora direta do moderno Ministério dos Negócios Estrangeiros. Os dois corpos de soberania, o dos Negócios Estrangeiros e o da Guerra, mantiveram-se juntos até 1822, tendo, então, os respetivos arquivos sido separados de acordo com cada unidade orgânica. É de notar, no entanto, que grande parte da documentação referenciada até 1755 desapareceu em consequência do Terramoto que assolou Lisboa nesse ano, e, desde aí, as vicissitudes das reorganizações departamentais, guerras, invasões, revoluções e intrigas deram origem a perdas e dispersões de uma parte considerável da documentação diplomática.

No séc. XIX foram realizadas duas transferências de documentação para o Arquivo Nacional Torre do Tombo e, já no século XX, em 1950, teve lugar a “grande transferência”, tendo então sido estabelecido o ano de 1850 como limite cronológico da documentação a transferir.

Do Arquivo Diplomático faz também parte o fundo documental do ex-Ministério do Ultramar, nomeadamente o arquivo da Comissão Interministerial do Café e Gabinete dos Negócios Políticos. E finalmente, os arquivos pessoais de diplomatas, políticos e antigos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros, adquiridos por compra ou doação.

Embaixador Freitas Ferraz, Diretor do Instituto Diplomático

DADOS DE CONTACTO

Arquivo Diplomático

Instituto Diplomático – Ministério dos Negócios Estrangeiros Governo de Portugal

Morada: Largo das Necessidades
1350-215 Lisboa, Portugal
Telefone: + 351 213 946 305
Fax: +351 213 946 029
E-mail: dab@mne.pt

Página web: https://idi.mne.pt/pt/

Página web: http://ahd.mne.pt/nyron/Library/Catalog/

Facebook: https://www.facebook.com/idiplomatico/

Instagram: https://www.instagram.com/institutodiplomatico/

Inicio

República Dominicana

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Dominicana é o órgão executivo responsável pelas relações internacionais do país, sendo parte do poder executivo. Implementa e coordena a política externa dominicana de acordo com as directrizes do Presidente da República, tal como estipulado no artigo 128º da Constituição Dominicana.

Foi criada em 1874 como Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros. Os seus escritórios estão situados em Santo Domingo, na Avenida da Independência, 752. Desde 16 de agosto de 2020, é dirigida pelo embaixador Roberto Álvarez Gil.

Durante o período da Primeira República, a política externa dominicana centrou-se principalmente na guerra de independência contra o Haiti. Alguns grupos da incipiente nação procuraram assegurar um protetorado de uma potência estrangeira, como a França, a Espanha ou a Inglaterra.

A República Dominicana esgotou uma extensa agenda de actividades diplomáticas, devido à necessidade de ser reconhecida como uma nação livre e independente e, por conseguinte, de concluir tratados de paz, amizade e comércio que servissem de apoio moral político e económico.

Os esforços anexionistas do Presidente Pedro Santana resultaram na dissolução da República Dominicana e na sua transformação em território de Espanha em 1861. Este facto desencadeou o sentimento nacionalista na Guerra da Restauração (1863-1865).

Foi durante a Segunda República que foi criada a Secretaria de Estado das Relações Exteriores, em março de 1874. Durante este período, a diplomacia dominicana esteve a cargo de homens ilustres, como Ulises Espaillat, Pedro Francisco Bonó, Alejandro Angulo Guridi, Manuel de Jesús Galván, entre outros.

A Segunda República assistiu à interferência dos Estados Unidos na política e na economia dominicanas. Durante o governo de Ramón Cáceres, as alfândegas dominicanas estiveram sob a supervisão dos EUA. A sucessiva instabilidade política levou à ocupação militar norte-americana entre 1916 e 1924.

A Terceira República foi dominada pelo ditador Rafael Trujillo durante o período de 1930-1961. O Ministério dos Negócios Estrangeiros era controlado por colaboradores próximos do regime. O próprio ditador ocupou o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros em duas ocasiões: 1938 e 1953.

A República Dominicana foi um dos 50 países fundadores das Nações Unidas. A embaixadora Minerva Bernardino, a primeira mulher diplomata da República Dominicana, foi a signatária da carta de fundação em 1945. É também um dos membros fundadores da Organização dos Estados Americanos desde 1948.

Durante a Quarta República, o país integrou-se mais ativamente na comunidade internacional, participando em várias organizações, especialmente na região das Caraíbas. A República Dominicana é membro das seguintes organizações: o Sistema de Integração Centro-Americana, a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura, o Grupo do Rio, a Associação dos Estados das Caraíbas, o Parlamento Centro-Americano, o Sistema Económico Latino-Americano e das Caraíbas, o Parlamento Latino-Americano e das Caraíbas, entre outras.

Com a reforma constitucional de 2010, passaria a ser o Ministério dos Negócios Estrangeiros com o Decreto n.º 56-106, que modificou a nomenclatura das instituições governamentais, até à actualidade.

DADOS DE CONTACTO

Departamento de Archivo

Ministerio de Relaciones Exteriores
República Dominicana

Morada: Avenida Independencia No. 752
Estancia San Gerónimo,
Santo Domingo, República Dominicana
Telefone: + (1) 809 987-7107
E-mail: gfrancisco@mirex.gob.do

Página web: https://www.mirex.gob.do/

Inicio

Uruguai

O Arquivo Histórico – Diplomático da República do Uruguai é, por mandato do Estado, o repositório natural onde se encontram organizados os documentos que constituem a história diplomática do país. Está instalado no Palácio de Santos (casa construída pelo Presidente Máximo Santos entre os anos 1882 – 1884). Possui uma extensão linear de aproximadamente 2,5 quilómetros de documentos alojados em três grandes depósitos.

A documentação que aqui se preserva tem a ver com as relações que nosso Estado tem mantido com outros Estados, desde o início ds nossa história como país independente. Hoje depende hierarquicamente do Instituto Artigas do Serviço de Negócios Estrangeiros (Academia Diplomática da República).

O documento mais antigo é datado de 1750 e consiste nas negociações para a Execução do Tratado de Limites de 1750, e entrega dos Povos das Missões Orientais do Uruguai (sic), tratado celebrado entre Espanha e Portugal em 13 de janeiro de 1750, relativo à entrega da Colónia do Sacramento em troca das Missões Jesuítas do Leste (conhecido como Tratado de Limites ou Troca).

Entre as secções a serem destacadas encontram-se os Livros de Administração (1828 – 1950, Acordos e Decretos do Presidente da República com o Ministro); Documentos Autografados (Cartas de Credenciais e aposentadoria de Embaixadores, bem como outros documentos assinados com os punhos de outros Chefes de Estado); Mapoteca (contém uma coleção de fotografias em tamanho real de mapas do Arquivo das Índias de Sevilha dos séculos XVI ao XVIII que têm a ver com a região); Iconografia do edifício (fotografias das sedes das Embaixadas e Consulados do Uruguai no exterior); Embaixadas do Uruguai na Argentina, Brasil, Estados Unidos, França e Reino Unido (documentação produzida nessas Embaixadas com prazos diferentes para cada uma delas); o Arquivo Documental “Alberto Guani” (Representante do Uruguai na Liga das Nações por dez anos e então Ministro do Uruguai durante a Segunda Guerra Mundial, que esteve envolvido numa importante atuação diplomática num incidente com o Almirante Graf Spee da Marinha de Terceiro Reich), entre outros.

O arquivo também possui uma pequena coleção de objetos museológicos como máquinas criptográficas (para criptografar mensagens), tiras, chaves, malas diplomáticas, matrizes, selos, selos consulares, escudos, fotos, etc. Existem bases de dados que sistematizam informações extensas. O arquivo também possui uma Tabela de Classificação e inventários de todas as suas seções em diferentes media. Há também um Guia de Arquivo Geral publicado em papel, bem como no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Álvaro Corbacho Casas

DADOS DE CONTACTO

Archivo Histórico Diplomático

Ministerio de Relaciones Exteriores del Uruguay

Morada: Colonia 1206, C.P. 11100
Montevideo, Uruguay

Telefone: + 598 (2) 902-1010 internos 2300 y 2301

E-mail: historico.diplomatico@mrree.gub.uy

Página web: https://www.gub.uy/ministerio-relaciones-exteriores/tramites-y-servicios/servicios/archivo-historico-diplomatico

Página web: https://www.gub.uy/ministerio-relaciones-exteriores/comunicacion/publicaciones/presentacion-del-archivo-historico-diplomatico

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Venezuela

DADOS DE CONTACTO

Dirección de Archivos, Bibliotecas y Divulgación

Ministerio del Poder Popular para Relaciones Exteriores de La República Bolivariana de Venezuela

Morada: Esquina Conde a Principal, Casa Amarilla, Parroquia Catedral, frente a la Plaza Bolívar Caracas – Venezuela
Telefone: 58+8064887 / 58+8064884 / 58+8064883 / 58+8064885
Fax: + 55 (61) 3411-6591
E-mail: direcciondabd@gmail.com
bibliotecacentralmppre@gmail.com
divulgacionmppre@gmail.com
archivohistoricomppre@gmail.com
usuariosarchivohistorico@gmail.com

Página web: http://mppre.gob.ve/archivos-biblioteca/archivo-historico/